segunda-feira, 7 de maio de 2007

Ainda sem nome para esta dor.

Hoje meu corpo inteiro doi. Meu pulmão parece trancado, e vez ou outra, me levanto da cadeira e estico os meus braços para respirar, eu estico muito forte, meu corpo doi mais, eu respiro fundo e acendo um cigarro. Ligo o ventilador para ajudar a escapar a fumaça, para ajudar meu coração bater, para fazer um barulho chato como companhia.
Eu me sinto mal.
Doi meu corpo, doi minha vergonha, arde o meu estômago. Tenho ânsias. O gosto do absinto ainda vem na minha boca, gástrico. Mas o gosto amargo, não é o da bebida, da confusão, do não-compreender. O do "não consigo te esquecer". Tudo misturado.
Tenho tentado buscar um sabor mais agradável para minha boca, tenho lutado mesmo que sentada em frente esse computador, para ser feliz.
Vou ainda que de forma estúpida, apertando o F5, vendo a sua foto, assistindo a sua vida de longe, para fazer com que você pense um pouco em mim.
Descrevo uma situação, na página azul da minha vida, para te fazer recordar, para te fazer sentir saudade. Eu quero que você pense em mim. Eu gostaria que você voltasse, nem que fosse uma vez, só mais uma vez.
Eu apagaria meu cigarro, deitaria no seu colo, ficariamos em silêncio, eu desligaria o ventilador.
Não te buscaria mais em lugar nenhum, você estaria aqui de verdade,
Eu seria feliz.
Eu não sentiria mais o gosto do absinto.
Eu não erraria mais uma vez.

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