segunda-feira, 28 de maio de 2007

Dia de silêncio

Quero um dia de silêncio em meio a confusão,
Quero meu cigarro aceso, digitar no meu computador com tela de televisão
Quero que silêncie sua boca, não me diga nada,
Não adentre meu escritório, não diga meu nome em vão.
Quero minha casa.
Quero minhas mãos quentes, um banho
Ervas no cabelo, na pele, uma toalha.
Quero deitar na cama,
Quero que você abra a porta, sorrindo
Pedindo com teus olhos
Eu te dou meu cheiro, a erva
Nem peça, consuma
Quero o sono, na cama quente
Uma música de fundo
Quero que apague a luz, teu beijo,
Silêncio




No som : O silêncio, bem baixinho

sábado, 26 de maio de 2007

"Estava pensando, como se comportaria meu corpo, ao beijar- te outra vez.
Desmaiaria de torpor, nos braços teus"






No som: Pedaço de mim - Por que meu set-list está, repetitivo e cansado.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

...Tentam controlar os meus horários, meus costumes,
meus cabelos, minhas mentiras, minha sombracelha,
meu rodo, o que eu vou comer, o que eu vou estudar,
para quem vou telefornar, quem me telefonou, contralam meu olhar
meus infames desejos, minhas dores de barriga, meus gozos, minhas lamúrias,
meu orkut, meu e-mail, meu terreno, meu dinheiro, minhas roupas, meus encontros
meus desamores, meus fracassos, meu acaso, a minha vanguarda, meus insultos, meu
soslaio, minha dor, minha dívida, meu encanto, meu torpor, minha pele, minha cor , meu silêncio
meus incomodos, meu cigarro, meu ventilador, minha mesa,
meu amor...



No som : Lágrimas de chuva - Por que quando chove, doí.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Um pouco de mim, por Hilda

Amor agora
Meu inimigo.
Barco do olvido
Entre o teu ódio
E o meu navegar,fico contigo.

Sopro, cadência
Meu hausto e mar
Navego a rocha
Somo o castigoDeslizo,
meu ódio-amigo,
Graça e alívio
De te alcançar.




"Estar entre teus pelos e dedos,
entre tua densidade,
neste transpirar sob medida aos teus gemidos.
Estar entre teus trópicos,
entre o teu desejo e o meu prazer;
beber parte de teus líquens e teus rios
percorrendo-te da foz até a origem,
e pura a cada amor partir mais virgem."
(Hilda Hilst)

sábado, 19 de maio de 2007

Tem muito de ti aqui.



E em mim.

Sábado frio a noite.

Eis que me vejo agora nua,
Rijos os bicos, esperando por ti,
Eles já acostumados quando a tua boca os aquece, entumecem
mais e sedentos
Eis que me vejo tremer, frio e prazer,
Eis que me vejo embriagada,
E tua boca que eu amo, eu não beijo
Eu consumo,respiro, suspiro,
Tem tanto de ti em mim, o ar que eu respiro quando te amo assim.
Eis que me toma, me vira e me ama
Sua boca em meus ombros, de costas, tornassem boca
Exitados lábios pintados.
Mas faz boca, todo meu corpo, se embriague de mim, que meus poros transbordam de amor
é de ti o torpor, a ameça do meu corpo já consumido, cansado nos teus braços,
mas me consuma assim, até o fim,
deito em teu peito, olhos fechados, tudo de ti em mim,
amor, enfim.





Saudades de seu sexo, de você.





No som: Pulp Fiction Sounds Tracks.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

17 de Maio


17 de Maio. 25 Anos.











segunda-feira, 14 de maio de 2007



Um amigo me perguntou hoje, do que exatamente eu sinto saudade.



sexta-feira, 11 de maio de 2007

Me gustas tu.

Me lembro da textura dos teus cabelos, como se eles estivessem entre os meus dedos agora.
Do calor e do cheiro do seu corpo, como se me envolsse agora.
A tua voz, fala aos meus ouvidos o tempo todo.
Teu estilo, tuas tatuagens, teu soslaio.
Tua vida.


"Nos meus poemas, nunca ninguém teve nome, mas qualquer dia, coloco o seu aqui"

No som: "Me gusta tu" - Mano Chao
(Me gustan los aviones, me gustas tu.Me gusta viajar, me gustas tu.Me gusta la mañana, me gustas tu.Me gusta el viento, me gustas tu.Me gusta soñar, me gustas tu.Me gusta la mar, me gustas tu.Que voy a hacer, je ne sais pas.Que voy a hacer, je ne sais plus.Que voy a hacer, je suis perdu.Que horas son, mi corazón.Me gusta la moto, me gustas tu.Me gusta correr, me gustas tu.Me gusta la lluvia, me gustas tu.Me gusta volver, me gustas tu.Me gusta marijuana, me gustas tu.)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Frio

Estou me lembrando de um dia muito frio. Frio mesmo, daquele de bater os dentes, cachecol colorido no pescoço, jaquetas pesadas, as mãos geladas - na boca, o gosto do conhaque recém -consumido, com madeira, com mel.
Dentro de nós, dos nossos corações tatuados, o calor era insuportavél, e entrar naquele carro, correr para algum lugar, ainda que em alta valocidade, era insuportável - nós nunca conseguiamos esperar chegar nesse tal lugar, o que era amor, transpirava muito antes - arrepiada só a pele.

Vidros embaçados, mas não me lembro a música que tocava, mas estava alta, sempre alegre, embalava o ritmo que você me beijava, embalava minhas mãos rápidas, ávidas de você.
Eu te amava mais, te amava tanto.
E o frio, ah o frio queimava, mas era impossível nossos corpos não se tocarem por completo, era necessário sentir na pele, a sua pele, e o frio- era necessário descer do carro, abraçar, estar no seu colo, com as pernas envolvidas na sua cintura, respirando forte, ali na rua deserta - ali , esquecemos a música no carro, eu só escutava seu coração bater, descontrolado.
Que lembrança incrível desse dia, que corrosivo pensar, mas não quero esquecer, e mesmo assim, já me trai a memória, mas enfim.

Eu amo você.



No som: Transito - Ludov

segunda-feira, 7 de maio de 2007




Por que a gente não se acerta ?
Você me fazia tão bem...

Ainda sem nome para esta dor.

Hoje meu corpo inteiro doi. Meu pulmão parece trancado, e vez ou outra, me levanto da cadeira e estico os meus braços para respirar, eu estico muito forte, meu corpo doi mais, eu respiro fundo e acendo um cigarro. Ligo o ventilador para ajudar a escapar a fumaça, para ajudar meu coração bater, para fazer um barulho chato como companhia.
Eu me sinto mal.
Doi meu corpo, doi minha vergonha, arde o meu estômago. Tenho ânsias. O gosto do absinto ainda vem na minha boca, gástrico. Mas o gosto amargo, não é o da bebida, da confusão, do não-compreender. O do "não consigo te esquecer". Tudo misturado.
Tenho tentado buscar um sabor mais agradável para minha boca, tenho lutado mesmo que sentada em frente esse computador, para ser feliz.
Vou ainda que de forma estúpida, apertando o F5, vendo a sua foto, assistindo a sua vida de longe, para fazer com que você pense um pouco em mim.
Descrevo uma situação, na página azul da minha vida, para te fazer recordar, para te fazer sentir saudade. Eu quero que você pense em mim. Eu gostaria que você voltasse, nem que fosse uma vez, só mais uma vez.
Eu apagaria meu cigarro, deitaria no seu colo, ficariamos em silêncio, eu desligaria o ventilador.
Não te buscaria mais em lugar nenhum, você estaria aqui de verdade,
Eu seria feliz.
Eu não sentiria mais o gosto do absinto.
Eu não erraria mais uma vez.

Sem nome para essa dor.

Vi em algum lugar escrito, uma declaração assim: "queria ser sua mãe, sua tia, ter te visto sorrir primeiro..." eu insisto em pensar em você quando leio alguma assim. A lágrima insiste em cair, por que sei que vc n vai estar aqui e etecetera. Você tem como voltar, tem até vontade eu sei. Mas não vai voltar, eu tenho certeza.


Como são seus olhos sem os meus ?
Como são seus ouvidos, que música você escuta agora?
O que você anda comendo, o que você anda bebendo?
Sozinho na sala de estar.
Qual foi a última vez que você chorou,
Qual a última vez que sentiu ódio de mim ?
Já aconteceu o úlitmo dia que essa dor doeu ?
Que dia posso esperar você chegar ou te encontrar por aí ?
Por quanto tempo você vai me deixar esperar ?



No som: Pedaço de mim - Chico Buarque.

sábado, 5 de maio de 2007

Maio.

É em Maio, que eu vou sentir mais saudade de você.
É em Maio que você volta a minha mente.
E antes que entrasse Maio, tentei te esquecer,eu fui para longe.
Só eu sei como tentei,
só eu sei o tamanho dessa dor.
Mas não deu e eu já voltei.
Maio, 17 , é só uma data,
Mas é quase um ano, é só saudade.



No som: Hummimng - Ainda bem que eu lembrei.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Hilda, querida.

"Te amo como as begônias tarântulas amam seus congêneres; como as serpentes se amam enroscadas lentas algumas muito verdes outras escuras, a cruz na testa lerdas prenhes, dessa agudez que me rodeia, te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade"



H. Hilst

Bosta nenhuma

Ser babaca desse jeito é para poucos honey!!





Cara, sinceramente, não há lírica em bosta nenhuma do que vou escrever hoje. Eu sou bosta nenhuma. Bosta nenhuma funciona, bosta nenhuma de cara nenhum, me arrancará tu, Ricardo, seu bosta, do meu coração. Dessa bosta de cabeça de bosta que eu tenho.





No som: Obvio que Portishead, uma vez que fomos tão felizes embalados nesse som.