quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Nunca amor

Nunca seja idiota o suficiente para encher o peito e dizer " Eu não tenho medo de amar"
Nunca tenha as portas da janelas abertas, nem uma casa com linhas solidas, bem acabadas.
Nunca sonhe com borboletas só por ter visto uma delas de longe, num vale qualquer.
Não aposte que isso seja sorte, nem nada.
Não demostre as afinidades assim, mesmo como quem não quer nada.
Não se desarme, não descançe, nem adormeça nos braços de ninguém,
no carro, nas primeiras horas de uma paixão fulminante (que lembre-se, jamais deve ser declarada) .
Não diga a verdade.
Não conte seu passado, as suas fraquezas, suas vontades, nem suas viagens.
Suas drogas de planos imbecís que nem você sabe ainda, como vai concretiza-los.
Ha ha ha, não diga que tem medo de galinhas, de bezerros, de cabras.
Abraçar com sinceradade é para os fracos e corações melequentos.
Tente não abraçar tão forte.
Não se comporte como uma carinhosa cretininha, seja apenas puta. Na cama ou em qualquer lugar.
Falando nisso ... nunca, mas nunca mesmo, nem de maneira subliminar, insinue que o cara é bom.
Não esboçe o mínimo se surpresa, nem que a coisa toda seja, assim, digamos, "mais ou menos"
Não gema. Faça umas caras babacas e só.
E não dispense um risinho sarcástico, caso ele pergunte " e aí ? curtiu?"
Se for o caso, ria como uma louca.
Não diga sim. Isso jamais! Para nada.
Mas na hora de ir embora, se renda a um abraço (não tão apertado, nem tão suave)
e vire as costas antes que ele o faça.


***E ao final, se consiguir tudo isso, me ensine como.


No som: Televisão - Titãs

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